22 fevereiro 2007

Perder ninguem gosta, mas agora, perder depois de estar com um jogador a mais e ganhando, aí é foda......

Mas temos sempre que tirar alguma coisa de bom das derrotas né, então espero que esta tenha servido para o time do Inter ver que não é imbatível, muito pelo contrário, tem diversas carências.

Mudando de saco pra mala, ontem a noite dois ex-colegas da faculdade foram lá em casa pra ver o jogo. Acabamos jantando, tomamos umas cevas e vimos o jogo. Depois disso, ficamos discutindo a validade do curso que escolhemos, opis os tres gostaram mesmo de ter feito Turismo, os tres realmente gostam da profissão e vislumbram grandes possibilidades para o futuro, o problema é que a função que os tres mais gostam de exercer, é a que menos paga, quando existe.

O planejamento urbano e turístico é uma das mais importantes áreas do conhecimento turístico, porém é a menos valorizada. Em parte por culpa daqueles profissionais que ja estão no mercado a algum tempo e nunca fizeram nada a respeito, em parte por cupa dos novos profissionais "soltos" no mercado nós últimos anos que também não fizeram nada a respeito.

Uma boa parcela de culpa se deve à sociedade também, pois foi ela que criticou, atacou, ridicularizou e por fim praticamente baniu o turismo do conhecimento comum. É ela que fez com que ótimos planejadores turísticos tenham virado agentes de viagem ou order takers de hotel....

Quando falo planejamento turístico, não estou me referindo a montar um pacote de viagem do tipo "CVC E Você! 10 dias na Europa Setentrional!". O planejador turístico se preocupa em como transformar o simples, o medíocre, em algo positivo e de uso tanto pela comunidade local, como pelo visitante. Ele se preocupa em como balancear as transformações necessárias num determinado ambiente sem prejudicar o mesmo, uma vez que não há trabalho sem impacto, quando falamos de meio ambiente.

Querem um exemplo? Olhem para o Aeromóvel qualquer dia desses, e pensem nele como uma via alternativa de turismo em Porto Província Alegre. Imaginem um passeio por cima da cidade, até a Zona Sul, banhado pelo pôr-do-sol. Imaginem um meio de transporte rápido e não poluente, pois ele também serviria como tal.

Eu gostaria de saber quem foi o gênio que acrescentou nas viagens enfadonhas do Juca Batista, uma voz que dizia onde estava o ônibus, qual seria o próximo ponto turístico pelo qual ele passaria e que dava informações institucionais ainda! Isso já é uma grande coisa, pois afinal de contas, ninguem é obrigado a ir do Centro até a Juca Batista ouvindo os funks que os pobres do fundo do ônibus adoram tocar a todo volume. Nem sei se ainda existe isso, mas as boas coisas sempre serão lembradas.

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