18 janeiro 2007

Devaneando no trampo

Eu comi um iogurte agora a pouco (eu não deveria/poderia fazer isso, mas mesmo que eu coma toda a cozinha ainad assim não vou dar prejuízo pro dono do hotel), e o garçom veio brincar comigo que não era pra comer por que tava tudo contado. Eu comecei a rir, por que afinal de contas a bagunça impera aqui, e os iogurtes jamais seriam contados, e ele saiu, prometendo me explicar tudo quando voltasse.

Pois bem.

Ele entregou o pedido que tinha que entregar e voltou. Dai começou a me contar a história do "tudo contado".

Ele disse que a outra garçonete, do outro turno e que ainda não havia trabalhado aqui no Room, chegou e abriu um iogurte. Um desses Ninho pequeno sabe, de beber? No que ela começou a entornar a garrafinha, minha colega deu um berro com ela, fez um escândalo que deixou a coitada da garçonete sem saber onde se enfiar de vergonha. Um absurdo a cena toda.

Faltou para a minha colega, que berrou com a garçonete uma coisa que eu tenho muita: cancha, como se diz no meio futebolístico. Faltou cancha para saber, que agindo desta forma, ela até fez com que a garçonete não bebesse o iogurte, mas também fez com que a mesma ficasse com raiva dela. Se a minha colega, tivesse tido um pouquinho de tino, teria deixado ela tomar tudo, e depois chegaria na boa e conversaria com a garçonete. Isso foi falta de cancha, afinal, ela tem só 19 anos, é o primeiro emprego de carteira assinada, segundo se contarmos um estágio, enquanto eu já fiz de tudo um pouco por aqui.

Mas o pior é que esse é o tipo de gente que sobe na vida, nem que seja a custa do ódio dos colegas. Adianta crescer e ser mal visto por todos na empresa? Prefiro não crescer e fazer as pessoas sentirem a minha falta no dia que eu sair, do que crescer, ganhar um cargo, uma mesa e uma sala minúscula e ter todos os meus companheiros de trabalho falando mal de mim.

Não sei, pode ser muito altruísta da minha parte, mas eu sou assim.

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